Perdi-me

24/10/2006 § 1 comentário


Perdi-me nos caminhos rasgados por onde o tempo passa e nos arredondamentos das horas, acolhi aquela, que em constante devir, nunca de mim passou.

Perdi-me… toda uma ânsia me revela sombra de Luz em corpo de olor vago, a saudade é um passado que cinzela em presente, a legenda desse orago.

Perdi-me em pensamentos sem fim, em sentimentos passados, esquecidos. Sem saber o que sentir, viver, pensar…Perdi-me dentro de mim porque eu sou  labirinto.

Perdi-me. Por isso demorei a postar. Desculpem a ausência…Cá estou. De volta.

Li algo em um blog que expressa exatamente aquilo que eu sinti por esses dias.Deixo aqui o sitio de onde tirei o texto.

 http://pontoquente.blogspot.com/2005/10/perdi-me-no-branco-sem-fim.html

 

“Perdi-me num branco sem fim.

No branco duma folha de papel. Escondida no branco dum envelope, dobrado. Perdido no branco duns lençóis amarrotados. Entre o branco de quatro paredes, com ouvidos e vozes. (Pilares do branco do tecto, do branco dum céu… Sem estrelas nem sonhos.)

Perdi-me num branco.

De bom. E de mau.

De beijos e bofetadas.

Pancadas psicológicas que fazem sangrar. Dum vermelho de vida. Ou de morte.

Perdi-me no branco duns olhos baços. Baços e mortos. Mortos e frios… Duma apatia contagiante. Duma apatia sufocante.

Perdi-me num branco sem fim.

Duma mão branca e fria, que me tapa os olhos, todas as noites. O branco duma mão. Pequena e gelada.

Logo a mim… Logo eu… Que me tinha habituado a umas mãos grandes. E quentes. E quentes. E quentes…

Perdi-me no branco de um labirinto. Feito de muralhas cor de nada. Rodeadas dum branco espalhado em flores. Cobertas do branco dum orvalho matinal.

Perdi-me. Da tua mão. Do teu quente. Do teu corpo, feito de reflexos brilhantes e coloridos em noites escuras.

Perdi-me num sonho. Branco. Apagado. Pelo branco duma borracha que apaga sonhos, em segundos. Que apaga sorrisos. Com motivos e vontades.

Perdi-me num branco sem fim.

Um branco que consome. Que engole vida e a cospe logo a seguir, sem ligar importância.

Perdi-me. Branca. Fria. Num nada qualquer.

Logo eu… Logo a mim… Que só queria perder-me em ti.”

 

§ Uma Resposta para Perdi-me

  • carlos andre disse:

    FrasesNa vida do homem, o amor é uma coisa à parte, na da mulher, é toda a vida. (Lord Byron) Não sou como a abelha saqueadora que vai sugar o mel de uma flor, e depois de outra flor. Sou como o negro escaravelho que se enclausura no seio de uma única rosa e vive nela até que ela feche as pétalas sobre ele; e abafado neste aperto supremo, morre entre os braços da flor que elegeu. (Roger Martin du Gard) Quem começa a entender o amor, a explicá-lo, a qualificá-lo e quantificá-lo, já não está amando. (Roberto Freire) Nunca digas que esqueceste um amor diga apenas que consegue falar nele sem chorar, pois o verdadeiro amor é…inesquecível. Os anjos o chamam de alegria celeste, os demônios o chamam de sofrimento infernal, os homens o chamam de amor. Não somos amados por sermos bons. Somos bons porque somos amados. ( Desmond Tutu) Onde o amor impera, não há desejo de poder; e onde o poder predomina, há falta de amor. Um é a sombra do outro. (Carl Gustav Jung) No homem, o desejo gera o amor. Na mulher, o amor gera o desejo. (Jonathan Swift) É mais fácil ser amante do que marido, pois é mais fácil dizer coisas bonitas de vez em quando do que ser espirituoso dias e anos a fio. (Honoré de Balzac) Amar é admirar com o coração. Admirar é amar com o cérebro. (Téophile Gautier) Sabe o que é melhor que ser bandalho ou galinha? Amar. O amor é a verdadeira sacanagem. (Tom Jobim) Você pode amar muito uma pessoa e ir para a cama com outra. (Leila Diniz) Amor é um não- sei- quê, que surge não sei de onde, e acaba não sei como. (Scudery) O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar. (Carlos Drummond de Andrade) –

Resposta

O que é isso?

Você está lendo no momento Perdi-me no ...O Vôo da Libélula....

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